O excesso de chuvas no Rio Grande do Sul tem impactado diretamente o andamento do plantio de trigo no estado. De acordo com dados da TF Agroeconômica, apenas 10% da área prevista foi semeada até o momento. Esse atraso pode comprometer o cronograma agrícola e influenciar os preços futuros.
No mercado disponível, os negócios ocorrem de forma pontual, no chamado modelo “mão para a boca”. Os preços praticados variam entre R$ 1.300,00 e R$ 1.400,00 por tonelada, a depender da região. A maioria dos moinhos já está abastecida para o mês de julho, com um estoque restante estimado entre 350 mil e 390 mil toneladas no estado.
Para a safra 2025/26, a expectativa é de uma redução de 40% na área plantada e de 60% na venda de sementes, o que pode sustentar os preços em patamares elevados futuramente.
Santa Catarina também registra mercado com poucos negócios
Em Santa Catarina, o ritmo do mercado também é lento, com negócios muito pontuais. Os preços da safra anterior recuaram, sendo cotados a R$ 1.400,00 por tonelada FOB. O estado também registra queda na comercialização de sementes, com uma redução de aproximadamente 20%, sinalizando cautela por parte dos produtores.
Os preços no mercado interno seguem estáveis nas principais regiões:
- Canoinhas: R$ 78,00/saca
- Chapecó: R$ 75,00/saca
- Rio do Sul e Xanxerê: R$ 80,00/saca
Mercado travado no Paraná e leve recuo nos preços
No Paraná, a semana começou com o mercado praticamente parado. Vendedores pedem pelo menos R$ 1.550,00 por tonelada FOB, enquanto compradores oferecem no máximo R$ 1.500,00 por tonelada no mercado spot, com pagamento previsto para agosto.
O trigo importado segue acompanhando a variação cambial e está sendo ofertado a US$ 270,00 por tonelada nacionalizada. Para a safra nova, com entrega em outubro, compradores estão dispostos a pagar R$ 1.400,00/t, mas não encontram vendedores interessados nesses valores.
Segundo o Deral, os preços médios no estado recuaram 0,13%, fechando em R$ 79,41 por saca. Mesmo assim, os triticultores ainda operam com uma margem positiva de cerca de 8%, considerando um custo de produção estimado em R$ 73,53 por saca.
Apesar da ligeira retração nos preços, o cenário no Sul do Brasil exige atenção redobrada, tanto pela oscilação do mercado quanto pela perspectiva de menor oferta nos próximos ciclos.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio