CGU promove mesa redonda sobre orgulho LGBTQIA+ em reunião do CEDIN

Evento aconteceu no auditório da CGU, em Brasília, com transmissão online, e teve como foco o diálogo e a formação sobre temas ligados à diversidade sexual e de gênero - Foto: Kenzo Suzuki / Ascom CGU

A Controladoria-Geral da União (CGU) realizou, nesta sexta-feira (06), uma mesa redonda sobre Orgulho LGBTQIA+ durante a 1ª Reunião Extraordinária do Comitê de Equidade, Diversidade e Inclusão (CEDIN). A atividade, parte do calendário de diversidade da instituição, integra o Plano de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação e o Plano de Integridade da CGU. O evento aconteceu no auditório da CGU, em Brasília, com transmissão online, e teve como foco o diálogo e a formação sobre temas ligados à diversidade sexual e de gênero.

A representante do CEDIN, Keyla Andrea Santiago Oliveira, destacou o caráter formativo da ação. “Este é um evento que celebra a diversidade e reforça a importância da visibilidade e da luta contra a discriminação e a LGBTQIA+fobia”, afirmou.

Participaram da mesa-redonda a delegada Ângela Maria dos Santos, titular da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial e Religiosa, por Orientação Sexual, contra Pessoa Idosa ou com Deficiência (DECRIM/PCDF); Hiago Mendes Guimarães, diretor de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC); e Cássio Mendes David de Souza, diretor de Auditoria de Políticas Sociais e de Segurança Pública da CGU.

A delegada Ângela compartilhou sua experiência à frente da DECRIM e ressaltou os três pilares de atuação da unidade: interseccionalidade, acolhimento e investigação protetiva. “A interseccionalidade é essencial. Não podemos olhar para uma pessoa apenas por um recorte. O acolhimento e a escuta ativa são fundamentais para evitar a revitimização”, explicou. Ela também frisou a importância de uma gestão humanizada para apoiar os profissionais que lidam com públicos vulneráveis diariamente.

Já Hiago Guimarães enfatizou o papel do Estado na proteção dos direitos das pessoas LGBTQIA+. “A política de direitos humanos é uma política de Estado, não de governo. É fundamental que todos os órgãos públicos estejam envolvidos”, disse. Hiago também alertou para os altos índices de violência contra a população LGBTQIA+ no Brasil. “Somos o país que mais registra violência contra pessoas LGBTQIA+. A efetividade de decisões como a criminalização da LGBTfobia depende da construção de protocolos e práticas adequadas nas instituições”, afirmou.

Por fim, Cássio Mendes destacou a contribuição da auditoria interna governamental na efetivação de políticas públicas. “A auditoria deve auxiliar as instituições públicas a realizarem seus objetivos. É um trabalho que vai além da fiscalização: é sobre entender o que foi planejado e verificar como está sendo executado, para propor melhorias. Cada objeto auditado exige adaptações metodológicas específicas”, apontou. Segundo ele, políticas sociais e de direitos, como as voltadas à diversidade, também fazem parte do escopo da CGU.

O evento teve ainda momento de perguntas e debate com os participantes, promovendo um espaço de troca e escuta sobre a realidade e os desafios enfrentados pela população LGBTQIA+ no país.

2025.06.06 Mesa Redonda sobre Orgulho LGBTQIA+ na 1° Reunião Extraordinária do CEDIN

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Fonte: Controladoria-Geral da União