Com foco na pesca artesanal, a “Oficina de Planejamento do Fortalecimento das Economias da Sociobiodiversidade das UCs Costeiras e Marinhas do Nordeste” foi realizada em maio, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com a participação do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), no fortalecimento do debate sobre as cadeias produtivas da bioeconomia.
A coordena de Assistência Técnica e Extensão Pesqueira da Secretaria Nacional da Pesca Artesanal do MPA, Eliane Souza Alves, comentou que o encontro reuniu diferentes comunidades pesqueiras do litoral nordestino. “Nós tivermos a oportunidade de dialogar sobre o papel das políticas públicas para o fortalecimento das cadeias produtivas da pesca artesanal nesses territórios”, afirmou.
Ela destacou que a participação da MPA foi importante, pois trouxe uma perspectiva sobre a reconstrução das políticas públicas para o setor, a exemplo do programa ‘Povos da Pesca Artesanal’. “Nesse programa são desenvolvidos vários projetos e ações, por meio de acordos de cooperação técnica firmados com outros Ministérios para ampliação do o às demais políticas de Governo, tendo em vista a importância da pesca artesanal para a socioeconomia costeira e marinha”, explicou.
Entenda – A bioeconomia consiste em um sistema de geração de renda sustentável para as comunidades tradicionais e o meio ambiente. De acordo com a coordenadora da Pesca Artesanal do ICMBio, Paula Soares Pinheiro, a oficina buscou identificar como estão estruturadas as principais bioeconomias nordestinas e articular ações estruturantes para o fortalecimento das cadeias prioritárias. “Os participantes, em sua maioria pescadores e pescadoras artesanais, tiveram a oportunidade de participar de uma roda de conversa sobre políticas públicas com representantes dos órgãos de governo”, declarou.
Como encaminhamento, ficou definido que o 5º Encontro das RESEX da Bahia acontecerá na RESEX Cassurubá, de 22 a 26 de setembro de 2025, fortalecendo ainda mais a articulação, a gestão participativa e a luta das comunidades extrativistas da região.
Além do MPA, a oficina também contou com as participações de representantes dos Ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA); Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e do Instituto Linha D’Água.